sexta-feira, 19 de julho de 2013

Um pouquinho sobre Educação Ambiental




No século XIX a sociedade estabeleceu um padrão de exploração dos recursos naturais como conseqüência da revolução industrial, modificando de forma 
permanente a relação entre o homem e a natureza. Com um padrão baseado no acúmulo de riquezas, sustentado pela exploração dos recursos naturais, a natureza se tornou um bem de consumo, onde se imaginava que poderia fornecer recursos infindáveis para abastecer as necessidades da civilização humana.



Contudo nos anos 60 e 70, um alerta de que a natureza possuía recursos limitados e que os padrões estabelecidos pela sociedade humana eram insustentáveis, fez surgir um alerta. Em 1962 a bióloga Rachel Carson publicou o livro entitulado como “Silent spring” (Primavera silenciosa), nele Rachel apresentava narrativas sobre as desgraças ambientais que estavam ocorrendo em várias partes do mundo, que vinham sendo geradas pelo modelo de desenvolvimento econômico mundial. O livro se tornou um marco na história do movimento ambientalista mundial, e desencadeou uma grande inquietação internacional, gerando discussões sobre o modelo de exploração ambiental adotado até então.

Mas, somente três anos após a publicação do livro, ouviu-se pela primeira vez o termo Environmental education (Educação ambiental), surgido durante uma conferência sobre educação ocorrida na Universidade de Keele na Grã-Bretanha. Neste momento alguns setores da sociedade começaram a se organizar, visto que, os governantes desta época, ainda não haviam despertado para a importância das questões ambientais.

Todo este contexto favoreceu o surgimento das ONG’s, as organizações não governamentais, que possuíam posições sociais e políticas bem definidas e tinham como principal objetivo pressionar o poder público estatal e a iniciativa privada a tomarem decisões a favor de melhor relação entre sociedade e natureza. Começa neste momento a luta em defesa do meio ambiente liderada por membros da sociedade e que até hoje ainda não alcançou com êxito o seu fim...

Desde seu surgimento a educação ambiental sempre possuiu várias faces e com isso, várias definições. Em 1965, a UNESCO promoveu o Congresso de Belgrado, onde se surgiu uma primeira definição, neste congresso a E.A, ficou definida como um processo que visa formar uma população consciente e preocupada com o meio ambiente e seus problemas.

Já a Agenda 21 define a E.A. como um processo que busca desenvolver uma população que seja consciente e preocupada com o meio ambiente e com os problemas associados a ela. A intenção é que a própria população encontre as ferramentas para solucionar os problemas ambientais.

E este é realmente o papel da educação ambiental, fornecer ferramentas para despertar a consciência sobre as questões ambientais e a partir dessa consciência buscar uma solução coletiva para os problemas, ou para tentar amenizá-los. A E.A. proporciona um pensamento coletivo e a preocupação com o próximo, sendo assim uma excelente ferramenta para ser trabalhada, principalmente no ambiente escolar.

Conforme o local onde as atividades são desenvolvidas a E.A, pode ser classificada como: formal ou informal. Por definição a E.A formal, visa promover os meios de percepção e compreensão dos vários fatores que interagem no tempo e no espaço para melhorar o ambiente, esta tem como palco principal o ambiente escolar, ou seja, ela possui uma formalização institucional, onde existem regras próprias de intenções particulares.

No ambiente escolar, encontram-se regimentos, mecanismos avaliativos capazes de abranger os quatro níveis de ensino: Fundamental, Médio, Graduação e Pós-graduação, entretanto, os programas de E.A realizados por empresas e demais instituições também podem ser enquadradas neste contexto.

Já a educação ambiental informal faz parte de um conjunto de práticas sociais e educativas que ocorrem fora do ambiente escolar, incluindo lideres comunitários, moradores, jovens e até crianças, sendo assim pode ser reconhecida como uma prática comunitária, que, de um modo geral, está ligada à identificação de problemas e conflitos relacionados ao local onde ela está sendo desenvolvida. No âmbito informal da EA destina-se a ampliar a conscientização pública através de meios de comunicação de massa como jornais, panfletos, palestras, debates, programas de rádio e de TV, por exemplo.

Neste contexto da E.A informal, desenvolveram-se as ONG’s e os movimentos da sociedade, que de forma geral, tinham em comum as melhorias na qualidade ambiental, seja de uma rua, bairro ou até mesmo cidade.



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